Definição:
É a acumulo excessivo de fluido entre as pleuras (cavidade pleural).
As pleuras: Membranas formada de células mesoteliais que envolvem o pulmão.
O Líquido que fica no espaço pleural é o Líquido Pleural, e costuma ter em torno de 10mm a 30mm. Uma quantidade excessiva deste fluido pode descompensar a ventilação por limitar a expansão dos pulmões (atelectasia). Logo, o Derrame Pleural é uma Insuficiência Ventilatória Restritiva.
Tipos de Derrames Pleurais
Derrame Subpulmonar – O líquido se mantém sobre o pulmão sem se estender para outras estruturas.
Derrame loculado – o líquido pleural fica encapsulado nos pontos dos campos pleuropulmonares.
Loculação entre as fissuras – o líquido pleural se mantém na cissura horizontal ou oblíqua.
Classificação e causas
- Líquidos:
– Quanto a etiologia (tuberculose, pneumonia (parapneumônico), neoplasia)
– Quanto ao caráter (serofibrinoso, hemorrágico (hemotórax – presença de sangue), purulento (empiema) ou quiliforme (Quilotórax – altos níveis de lípideos)
– Quanto a localização (grande cavidade, interlobar, mediastínico) - Gasosos: Pneumotórax
- Mistos: Hidropneumotórax, hemopneumotórax, piopneumotórax
Fisiopatologia
Na formação do Derrame Pleural normalmente as membranas que envolvem os pulmões (pleuras) possuem apenas uma quantidade mínima de líquido pleural para evitar o atrito entre si (cerca de 10mm a 30mm). As causas envolvem mecanismos capazes de aumentar a entrada do líquido ou diminuir a saída do líquido. Estão relacionados com as forças hidrostáticas que filtram a água para fora dos vasos e as forças osmóticas que reabsorvem a água de volta aos vasos.
Mecanismos envolvidos com o aumento da entrada do líquido:
- Aumento da pressão hidrostática;
- Diminuição da pressão oncótica, plasmática;
- Aumento da permeabilidade vascular;
- Diminuição da pressão no espaço pleural;
Mecanismos que dificultam a saída do líquido pleural:
- Redução da função linfática pleural;
- Passagem de líquido da cavidade abdominal para o espaço pleural.
Diagnóstico
É baseado na história e exame físico. E também pode ser confirmado com a utilização de métodos de imagem.
Sintomas:
- Dispneia
- Tosse e dor torácica pleurítica ventilatório-dependente
Exame Físico:
- Inspeção – Incursões respiratórias rápidas e superficiais
- Palpação – dor intersticial, diminuição ou ausência do frêmito toracovocal
- Percussão – Macicez
- Ausculta – Murmúrio vesicular diminuído ou ausente,
RX Toráx:
Na maioria das vezes, suficiente para se investigar o DP, apresenta apagamento do seio costo-frênico e cardiofrênico; Desvio das estruturas para lado contralateral (desvio do mediastino; Aproximação das costelas; Sinal da parábola de Damoiseau; Aumento da distância entre a bolha de ar no estômago e a borda inferior do pulmão esquerdo; Menisco de líquido nas bordas laterais dos campos pulmonares; E elevação da hemicúpula diafragmática.
Tratamento
O tratamento é direcionado a patologia, em alguns casos são necessárias cirurgias. Mas para a drenagem do líquido em excesso, quase sempre será necessário a colocação de um dreno torácico.
Toracocentese – Procedimento para acesso a cavidade torácica através de punção a partir da parede torácica.
Pleurodese – Promove a obliteração da cavidade pleural, produzindo aderência entre as pleuras através de uma toracostomia com tubo, para a drenagem do espaço pleural e instilação de agente esclerosante.
http://https://youtu.be/a1fE3j763g8